Marinete hoje está diferente:
seus olhos transbordam saudades.
Deitada sob o sol,
a cabeça apoiada sobre as patas cruzadas,
Marinete pensa desesperadamente em Madalena.
Brigaram muitas vezes, é verdade;
Trocavam rosnadas e patadas o dia inteiro
Mas todos sabem que à noite,
longe de olhos humanos e enxeridos,
dormiam entrelaçadas como duas amantes.
Afinal, todo amigo é um amante.
Madalena foi viver em um lugar melhor, também é verdade,
mas nada disso consola
E agora, Marinete olha triste para a tigela laranja
perguntando-se qual a razão de tanta ração.
***
Ps: Esse poema foi selecionado para a 41a Antologia Brasileira de Poetas Contemporâneos, da Camara Brasileira do Jovem Escritor, e deve ser publicado ainda agora, novembro de 2007.
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7 comentários:
Ameiiiiiiiii!!!!!!!
:)
Desculpe o incómodo da pergunta mas vc ainda n respondeu se vóvó entrega ao domicilio os seus cozinhados :)
bjs de Portugal
a.
Ei pessoal, eu acrescentei uma infrmação a esse poema, mas não sei pq erro ele foi publicado de novo no blog, portanto apaguei o primeiro deles, que tinha um comentário muito bacana do Rodolfo, na verdade um poema dele relacionado com o tema, que eu vou reproduzir agora pra não ficar em falta!
"Um cão segue
seu dono
cego que segue
seu cão.
E os dois se bastam
cada um
a crer que o outro sabe
o caminho.
Mas o caminho
que se faz
a cada passo
sabe ser caminhado."
Sucesso!
Olá, gostaria que desse uma olhada no blog Escritores do Brasil (novos autores e muita coisa legal). Posso linkar o seu lá?
http://escritoresdobrasil.blogspot.com/
Gostei desse poema, muito sensível! Acho também sensível poderia perceber, e achar que os cães são personificação de gente, ou a gente é que é besta a se rebaixar ao nível dos cães. Bonito pensar assim. Mas gosto mais ainda do poema eu que tenho duas cadelas que, depois de tanto se degladiarem, foram encarceradas cada uma em seu canto do quintal, e agora ficam choramingando uma para a outra.
ops... alguém sensível!
Excelente.
http://desabafos-solitarios.blogspot.com/
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